A Primeira Guerra Mundial



      Imagine que você já fez 18 anos, o Brasil acabou de declarar guerra a um país qualquer e você, entre muitos outros civis, foi convocado para os combates. Como você se sentiria? Ficaria orgulhoso? Teria medo? Sentiria tristeza? Difícil imaginar essa situação, não é mesmo?
      Mas no início do século XX isso não acontecia na Europa. Os jovens, ao serem convocados para a guerra, escreviam aos pais pedindo que pensassem na pátria e fossem bravos e fortes.
      Esse argumento traduzia perfeitamente o sentimento de exaltação nacional que marcou a Europa durante a Primeira Guerra Mundial.
      No entanto, outros soldados enviavam cartas retratando cenários nada gloriosos, marcados pelo medo e por todo tipo de privações.
   
     Antes da Primeira Guerra Mundial, a Europa passou por um período de modernização, transformações urbanas e culturais, quando surgiram o cinema e o teatro. Essa fase se iniciou no final do século XIX e se estendeu até a eclosão da Grande Guerra (1914-1918), mas na realidade ela não tem limites, uma vez que pode acontecer em qualquer época, por ser um estado espiritual. Esse período ficou conhecido como Belle Époque.

 




     Mesmo os países europeus estando em paz, eles se armavam à espera da guerra, pois ao mesmo tempo cresciam as tensões por causa da Corrida Imperialista e das disputas por mercados. Por isso esse período foi chamado de Paz Armada. 

                                               
      Veja a seguir os dois grandes movimentos nacionalistas que aumentaram a tensão na Europa:
     

       Podemos concluir que o pan-eslavismo estava se tornando mais forte, ele recebeu apoio do Império Russo e foi se fortalecendo no interior do Império Austro-Húngaro com a proposta de criação da Grande Sérvia. Porém, depois que a Bósnia-Herzegovina foi anexada ao Império Austro-Húngaro, o projeto foi obstruído, o que alimentou nos sérvios o revanchismo contra o império dos Habsburgos. A continuação dos interesses imperialistas na região dos Bálcãs impediam o soar do sino da paz.











     As trincheiras eram valas cavadas na terra onde os soldados se protegiam dos ataques do inimigo e aguardavam os próximos acontecimentos. Elas foram usadas pela primeira vez na Guerra Civil Americana entre os anos de 1861 a 1865. Elas eram mais usadas porque forneciam mais camuflagem e por serem estreitas, dificultavam a locomoção do inimigo.      








Rendição da Alemanha: Após a entrada dos Estados Unidos, a Alemanha ficou isolada, portanto, em novembro de 1918, os alemães assinaram a rendição na cidade francesa de Compiègne.

Conferência de Paris: Em janeiro de 1919, os vencedores se reuniram em Paris para discutir as condições de paz. Nessa conferência, o presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, apresentou uma proposta de paz em 14 pontos. Os principais termos do documento defendiam uma paz sem indenizações nem anexações territoriais. Alguns pontos acabaram se concretizando, como a independência de alguns Estados europeus e a criação da Sociedade das Nações ou Liga das Nações.

Sociedade das Nações: organização internacional que teria o papel de assegurar a paz.


      Podemos concluir que o Tratado de Versalhes despertou um sentimento de vingança nos alemães, que mais tarde, foi utilizada por Adolf Hitler para conseguir apoio à ideologia nazista. Além disso, a Itália e o Japão não foram atendidos às suas reivindicações pela participação na Entente, o que também despertou o revanchismo nesses dois países.
          Por fim, a Sociedade das Nações, idealizada em Versalhes para assegurar a paz mundial, não evitaria um novo confronto mundial, pois os problemas desses países não foram resolvidos.




     Sem dúvida, os Estados Unidos foram os maiores vencedores da Primeira Guerra. O número de baixas das suas tropas representou menos de 10% das baixas alemãs e seu território não foi atingido pelo conflito.


9 comentários: